Ipead UFMG: Índice de Confiança do Consumidor de BH tem queda expressiva em outubro
O Índice de Confiança do Consumidor de Belo Horizonte (ICC-BH), calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead/UFMG), caiu 3,95% em outubro de 2025 em relação ao mês anterior. O índice agora marca 39,91 pontos, em uma escala que varia de 0 a 100. O ICC-BH recuou 8,49% no acumulado de 2025 e caiu 3,52% nos últimos 12 meses.
Todos os seis componentes do ICC-BH recuaram em outubro. As maiores quedas da confiança foram em relação à Inflação (-9,92%), Pretensão de Compra (-9,29%) e Situação Financeira da Família em Relação ao Passado (-6,31%). Cinco dos seis componentes estão abaixo de 50 pontos, o que configura pessimismo da população. O único componente acima de 50 pontos é a Situação Financeira da Família Atual.
O Índice de Expectativa Econômica do País (IEE) recuou 4,13% em outubro. A piora em relação a Inflação (-9,92%) foi o principal destaque negativo. O Índice de Expectativa Financeira da Família (IEF) recuou 3,82% em relação a setembro de 2025. Essa queda foi impulsionada principalmente pela Pretensão de Compra (-9,29%).
A pesquisa também apresenta os grupos de bens e serviços que os consumidores planejam adquirir nos próximos três meses. Vestuário e Calçados (20,96%) e Turismo (11,35%) foram os mais citados em termos de pretensão de compras para outubro de 2025.
A pesquisa revela que a proporção de mulheres com intenção de compra é menor em comparação à dos homens, 73,92% e 76,33%, respectivamente. As mulheres entrevistadas frequentemente mencionaram os segmentos de Vestuário e Calçados, Turismo e Eletrodomésticos como principais escolhas para compras no futuro próximo. Já os homens citaram mais Vestuário e Calçados, Veículos e Informática/Telefonia.
Como o Índice de Confiança do Consumidor de BH é calculado?
Desenvolvido pela Fundação Ipead, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) de Belo Horizonte é um indicador calculado mensalmente que reúne a perspectiva dos consumidores em relação a diversos aspectos econômicos conjunturais que têm o potencial de influenciar suas decisões de consumo em curto, médio e longo prazo. O ICC permite que os empresários do comércio varejista de Minas Gerais avaliem em tempo real as opiniões e expectativas dos consumidores, o que por sua vez os auxilia na melhor formulação de estratégias de negócios, como planejamento de estoque, contratações e investimentos.
O ICC se divide em duas categorias, o Índice de Expectativa Econômica (IEE) e o Índice de Expectativa Financeira (IEF), cada um subdividido em três elementos. Cada um destes elementos é atribuído com um grau de importância (peso), e o índice geral (ICC) é a média ponderada destes componentes, a saber: Situação Econômica do País (peso=18,21%), Inflação (peso=15,69%), Emprego (peso=20,79%), Situação Financeira Atual da Família (peso=25,12%), Situação Financeira da Família em Comparação ao Passado (peso=9,19%) e Pretensão de Compra (peso=11,00%).
Todos os elementos que constituem o ICC, assim como o índice geral, são apresentados em uma escala de 0 a 100, onde 0 denota um sentimento de pessimismo total e 100 simboliza um sentimento de otimismo total. O valor intermediário de 50 marca o limiar entre pessimismo e otimismo.
O processo de coleta de dados envolve entrevistar 229 consumidores que realizam compras com frequência em Belo Horizonte. O ICC-BH para o mês de outubro é derivado de entrevistas conduzidas entre os dias 6 e 23 de outubro. Essa amostra é acompanhada por uma margem de erro de 1,56 pontos no valor do índice geral. As pesquisas são conduzidas de forma presencial.
Confira o relatório completo em: https://www.ipead.face.ufmg.br...
